Com objetivo de proporcionar uma oportunidade para troca de conhecimentos e insights sobre o tema “O Papel do Auditor Interno no Contexto das Políticas Públicas”, os Correios e a Controladoria Geral da União (CGU) promoveram, nesta terça-feira (21), o Encontro de Auditorias Internas Governamentais, realizado no edifício sede da estatal, em Brasília (DF).
Além do compartilhamento de experiências e de boas práticas entre auditorias internas de empresas estatais e de outras entidades, o evento celebrou o Dia do Auditor Interno – comemorado em 20/11 -, profissional cuja missão é aprimorar e proteger os valores organizacionais por meio de serviços de avaliação e consultoria, o que contribui para a integridade e eficácia de ações governamentais.
“A temática desse encontro é de extrema importância porque a transparência, a responsabilidade e a eficiência na alocação de recursos públicos são essenciais para a formulação e implementação de políticas públicas. Os auditores internos têm a valiosa missão de contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais e, assim, construir um setor público mais eficiente e confiável”, ressaltou a diretora Econômico-Financeiro, Tecnologia e Segurança da Informação do Correios, Maria do Carmo Lara, que representou o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos no evento.
O primeiro painel do evento abordou a pauta “Tecnologia: ameaça ou oportunidade?”, que teve como moderador o coordenador-geral de prospecção e inovação da CGU, Tiago Chaves Oliveira, e contou com a presença do secretário federal de Controle da CGU, Ronald da Silva Balbe, do diretor geral do II-A Brasil, Paulo Gomes, e do auditor chefe da Auditoria Interna dos Correios, Adilso José de Carvalho.
Na oportunidade, foram citadas as grandes inovações que estão ocorrendo no mundo, tais como a inteligência artificial, impulsionada após a chegada do Chat GPT, criptomoedas, Internet das Coisas entre outras. Para o secretário federal de Controle da CGU, Ronald da Silva Balbe, a nova realidade virtual depende muito das próprias pessoas, que precisam compreender sua função no processo. “Estamos vivendo a chegada de algumas tecnologias disruptivas que foram, inclusive, antecipadas pela pandemia, mas precisamos trabalhar com elas a nosso favor. Na minha opinião, há a ameaça pelo chamado risco de automação, mas há muito mais oportunidades: vamos incorporar o máximo de tecnologias e nos dedicar a aprender, bem como avaliar seus principais impactos, com objetivo de impulsionar nossas atividades e aproveitar as vantagens desse novo momento”, destacou.
“Auditoria ágil na avaliação de políticas públicas” foi o assunto das apresentações do auditor sênior do Banco do Brasil, Williams Junior Ledézma Dantas, e da gerente de Planejamento e Qualidade da Petrobras, Cristina Torres Silva, que apresentaram os ganhos de resultado impulsionados pela adoção das ferramentas ágeis em suas respectivas empresas, sob moderação do coordenador-geral de Métodos, Capacitação e Qualidade da CGU, Sérgio Filgueiras. “Acredito que precisamos ressaltar aqui, mais uma vez, a importância das pessoas. Não se trata de Scrum, nem Kanban, mas de mentalidade. É tentar e querer mudar. As ferramentas encontram seus limites quando esbarram no comportamento humano, então não adianta ter uma tecnologia suprassumo se o indivíduo não aceitar a mudança”, ponderou Cristina.
Finalizando o evento, o painel “O papel das instâncias de governança e a parceria com a Auditoria Interna no contexto das Políticas Públicas” reuniu a diretora de AudComunicações do Tribunal de Contas da União (TCU), Aline Rodrigues Ferreira, o membro do Comitê de Auditoria dos Correios, Victor Castro Reis, e a diretora de Auditoria de Estatais da CGU, Cecília Alves Carrico, com a moderação do chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério das Comunicações e membro do Conselho de Administração dos Correios, Gil Loja. “Seguindo tudo o que foi apresentado hoje é importante levantarmos a seguinte questão: se a tecnologia está trazendo ameaças, se estamos mudando a nossa forma de pensar e se estamos trazendo mais ferramentas ágeis, qual é o nosso papel, a nossa atuação, qual valor a auditoria interna agrega para a instituição? Um trabalho importante nesse cenário é o de trazer uma visão sistêmica sobre a organização, garantindo mais estratégias para a governança, evitando a sobreposição de políticas públicas, bem como possibilitando o levantamento de lacunas”, considerou a diretora do TCU.
Homenagem – Para celebrar a realização do Encontro de Auditorias Internas Governamentais 2023 a programação do evento incluiu ainda o lançamento de um selo dos Correios personalizado, alusivo aos profissionais de auditoria interna e políticas públicas.