Os Correios continuam operando em todo o país. A rede de atendimento está aberta ao público, com a oferta dos serviços e produtos da empresa. A paralisação parcial dos empregados dos Correios não afeta os serviços de atendimento da estatal. A grande maioria dos 99 mil empregados prossegue trabalhando regularmente.
Nas agências, serviços como Certificado Digital, consulta Serasa, Achados e Perdidos, e agora, mais recentemente, a consulta ao Auxílio Emergencial, estão disponíveis à população. A postagem de cartas e encomendas, inclusive SEDEX e PAC, continua sendo realizada e as entregas estão ocorrendo em todos os municípios.
A empresa já colocou em prática um Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Com o respaldo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e do Ministério da Economia, os Correios buscam zelar pelo reequilíbrio financeiro da empresa. É necessário repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação. Assim, será possível alcançar a sustentabilidade da empresa e manter os empregos.
Os Correios reafirmam que nenhum direito foi retirado. Apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, para alinhar a estatal ao que é praticado no mercado. A diminuição de despesas prevista com as medidas é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações dos sindicatos, por sua vez, custariam aos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período. Ou seja, dez vezes o lucro obtido em 2019. A proposta dos sindicatos é impossível de ser atendida.
A empresa garante que os vencimentos dos empregados seguem resguardados. A título de comparação, a diferença entre os contracheques do mês de julho, antes do ajuste dos benefícios, e de agosto, quando foram aplicados os novos valores, foi de menos de R$ 50,00, para 94% dos empregados.
Vale ressaltar que os trabalhadores continuam tendo acesso ao auxílio-creche. Os tíquetes refeição e alimentação também permanecem sendo pagos, de acordo com a jornada de cada empregado. Estão mantidos também, a carteiros e atendentes, os respectivos adicionais de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento.
O assessor especial da presidência dos Correios, Aurélio Maduro, enfatiza o momento atual em meio à pandemia:
— É importante lembrar que qualquer paralisação agrava ainda mais a debilitada situação econômica da empresa. Diante deste cenário, a instituição confia no compromisso e responsabilidade de seus empregados com a sociedade, com os empreendedores e com o país, para trazer o mínimo de prejuízo possível para a população, especialmente neste momento de pandemia, em que os Correios são ainda mais essenciais para o Brasil.
De Brasília, Ronaldo Gonsalves