Você sabia que é possível enviar material biológico pelos Correios? Sangue e seus componentes, e fluidos corporais são exemplos do que a estatal pode transportar. Laboratórios e instituições da área de saúde são alguns dos clientes que já utilizam esse serviço para fins de análises, diagnósticos e prevenção de doenças.
O transporte de material biológico está disponível desde 2010 e segue regras específicas para cada tipo de amostra. Por conta das suas especificidades, está disponível apenas por meio de contrato com pessoa jurídica, a fim de garantir o correto acondicionamento do material nas embalagens e a segurança no transporte. E, apesar de demandar um cuidado especial, o baixo custo é um grande atrativo, já que a postagem é feita para qualquer lugar do país com os mesmos valores usualmente cobrados para envio de outros itens.
Diagnóstico e prevenção – Em Goiás, o Instituto de Diagnóstico e Prevenção da APAE utiliza o SEDEX para transportar para a capital amostras de sangue em papel filtro coletadas em todo o Estado para o Programa de Proteção à Gestante, conhecido como Teste da Mamãe. Por meio dele, é possível realizar 13 exames que diagnosticam, entre outras patologias, Doença de Chagas, rubéola, toxoplasmose e HIV. Esse trabalho de prevenção possibilita, quando necessário, iniciar o tratamento das gestantes infectadas para evitar a transmissão de doenças e sequelas nos bebês. Cerca de 6.500 pacientes são atendidas mensalmente e a maioria delas tem seu material enviado pelos Correios, assim como os resultados dos exames. No Rio Grande do Sul, por meio de uma parceria com a Secretaria de Saúde, são transportadas amostras do teste do pezinho, coletadas na rede pública, até os laboratórios onde é feita a triagem neonatal. O sangue é coletado em maternidades ou unidades de saúde entre o 3º e o 5º dia de vida do recém-nascido e é enviado, em papel filtro e com envelopes específicos, até os laboratórios.