Em relação à matéria publicada pela Folha de S. Paulo sobre o pagamento de vale-alimentação/refeição extra, os Correios esclarecem que:
Conforme definido no Acordo Coletivo de Trabalho, o reajuste do vale-alimentação/refeição em 2024 foi de 4,11% e com isso, o valor mensal do vale é de R$ 1.120,46 para quem trabalha de segunda a sexta-feira.
O valor de R$ 2.500 é um extra, pago em duas parcelas, sendo a segunda e maior (R$ 1.500,00) programada para janeiro de 2025, em cumprimento ao Acordo Coletivo de Trabalho, na forma da lei.
De acordo com informações da Diretoria de Gestão de Pessoas dos Correios, esse vale extra, que os funcionários chamam de “vale-peru”, foi a forma de menor impacto financeiro encontrada para fechar o Acordo Coletivo de Trabalho.
A Diretoria de Gestão de Pessoas, apoiada pela Diretoria Econômico-Financeira e pela superintendência jurídica dos Correios, tinha um limite de concessão de reajuste salarial composto de reposição da inflação (INPC) + 1%. Tal reajuste foi negociado para janeiro de 2025.
As entidades sindicais reivindicavam um abono pecuniário para compensar o período entre a data-base (agosto de 2024) e o reajuste (janeiro de 2025). Tal abono, se pago em dinheiro, traria impactos significativos para a folha, por isso houve a negociação para ser pago em forma de vale-extra.
Vale destacar que esse vale extra, que os funcionários dão o nome de vale-peru, era pago há quase 20 anos, desde 2005, e foi retirado dos trabalhadores exclusivamente durante 3 anos do governo anterior (2020, 2021 e 2022) dentro do plano de sucateamento da estatal com vistas à privatização dos Correios, durante o governo anterior.
Apesar de ter fechado centenas de agências, cortado investimentos em tecnologia e segurança e tirado mais de 40 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, o governo anterior deixou os Correios, em 2022, com um prejuízo de quase R$ 1 bilhão, causado em sua maior parte justamente por condenações judiciais trabalhistas e também pela perda de clientes diante da precariedade das condições de trabalho e, consequentemente, da queda da qualidade dos serviços da empresa, da produtividade e das receitas.
A partir de 2023, a atual gestão retomou os investimentos (foram R$ 2 bilhões em 2023 e 2024 em unidades, veículos e tecnologia) e vem restabelecendo as condições de trabalho.
Com isso, a empresa está recuperando a qualidade operacional, fato comprovado pelo aumento na pontuação dos índices de satisfação e recomendação baseados em pesquisas com clientes sobre o atendimento, em comparação a 2022. Até agosto de 2024, os dados também já indicam uma evolução da satisfação, com uma nota média acumulada de 9,3.
Em 2022, a avaliação do atendimento apontou uma nota média de satisfação de 8,7 (em uma escala de 0 a 10). Em 2023, a nota média subiu para 9,1, representando um crescimento de 4,6%. Os dados foram apurados após atendimentos realizados em mais de 10 mil agências da estatal ao longo do ano, em consulta tanto a pessoas físicas quanto jurídicas (leia mais: https://saladeimprensa.correios.com.br/arquivos/10578).
A melhoria das condições de trabalho já traz resultados concretos, com a estatal recuperando contratos tanto na iniciativa privada como na pública. Os Correios hoje são responsáveis por pelo menos 10 grandes contratos de logística de governos estaduais, além de terem sido contratados por mais seis secretarias de Saúde e Educação de grandes municípios brasileiros. A estatal, ainda, realiza operações logísticas para a Aeronáutica no Rio de Janeiro/RJ, para o Tribunal de Justiça do Pará e para o Banrisul, no Rio Grande do Sul (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2024/12/correios-turbinam-receitas-ate-em-estados-de-oposicao.shtml).
A atual gestão dos Correios trabalha para recuperar a empresa pelo dano causado em quatro anos de sucateamento. Apesar disso, é importante destacar que os Correios são uma empresa sustentável, não dependente do Tesouro.