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Uma parceria entre a Delegacia da Polícia Federal em Londrina e os Correios resultou na prisão de um homem que recebeu R$ 5 mil em notas falsas de R$ 100, escondidas dentro de um livro didático de geografia. Ele foi detido nesta segunda-feira (4) em Cambará, no Norte Pioneiro. O crescimento da venda e compra de moeda falsa pela internet tem obrigado os agentes federais a intensificar a troca de informações com os serviços de correspondência para combater esse tipo de atividade ilegal.

Segundo o delegado federal Vinícius Faria Zangirolani, de Londrina, a parceria foi estreitada em meados do ano passado e já resultou em outras prisões.

As encomendas passam por análise em equipamentos de raio-X. Quando os funcionários dos Correios identificam um material suspeito, entram em contato com a Polícia Federal. Estima-se que o valor do dinheiro falso comercializado pela internet corresponda a um terço do que valeria a moeda original. Ou seja, cada um real verdadeiro compra três reais falsos.

De acordo com o delegado Vinícius Faria, as redes sociais facilitam o comércio ilegal. O uso do papel falsificado costuma ser particular.

Uma vez cometido o crime por quem vende e compra moeda falsa, outras pessoas podem se tornar vítimas do golpe ou até cometer um crime. Isso ocorre se, mesmo tendo recebido o dinheiro de boa-fé, um consumidor repassar a nota adiante depois de ter identificado o golpe.

O delegado da Polícia Federal diz que há maneiras de se prevenir, observando a qualidade do papel e da impressão.

Como é réu primário, o homem preso em Cambará deve ser solto depois de pagar uma fiança de R$ 15 mil estipulada pela Justiça. Mas vai responder a processo pelo crime de compra de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal, que estabelece pena de três a doze anos de prisão.