Espaço também recebe exposições com temas diversos e apresenta a peça teatral “A palavra que resta”

Rio de Janeiro – O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, no mês de outubro, oferece ao público dez exposições gratuitas, que abordam temas e estilos diversos, e a peça teatral “A palavra que resta”, em cartaz no Teatro Correios Léa Garcia, de 10 de outubro a 2 de novembro. 

Exposições

  • Constituinte do Brasil possível– A exposição apresenta o trabalho de 20 artistas negros que trazem ao público imaginários sociais e políticos de um Brasil possível, mais inclusivo, por meio de obras nos formatos de videoarte, instalação, fotografia, grafite, intervenção têxtil, colagem, zine, esculturas e pinturas. Além disso, também estará disponível o site Linha de Cor, um projeto transmídia de arte e educação que investiga e analisa leis que contribuíram para a marginalização da população negra e as políticas de branqueamento racial na sociedade brasileira. De 9 de outubro a 30 de novembro – classificação livre.
     
  • Entreespaços – A exposição é composta pelas pinturas em óleo e acrílica de Júlio Vieira, que traz, ainda, objetos que exploram novas concepções de paisagem. Em telas de grande e média escala, o artista sobrepõe e redimensiona múltiplas camadas para criar espaços imaginários. Indo além dos elementos orgânicos comuns na pintura de paisagem tradicional, as obras apresentadas incluem elementos territoriais, de identidade e subjetivos. De 11 de setembro a 26 de outubro – classificação livre.
  • Respira – A mostra apresenta o trabalho de Ana Zveibil. Em sua pesquisa, a artista produz obras a partir do resultado de um de processo pessoal onde a passagem de um ciclo a outro exigiu grande introspecção da artista. Cada instalação possui formas orgânicas variadas, mas com conteúdo indeterminado. Através desta instalação, Ana Zveibil propõe um questionamento sobre o que habita o casulo de cada um de nós. De 11 de setembro a 26 de outubro – classificação livre.
  • Sobre o Vazio – Apresenta 632 obras da artista Marlene Stamm desenvolvidas em aquarela e desenho sobre papel e uma instalação com 30 esculturas sobre dois móveis antigos pequenos. Em sua pesquisa, a artista procura gerar um fluxo de pensamento para discutir o real valor das coisas, bem como a força impregnada nelas com a passagem do tempo. A grande quantidade de obras em cada série, com uma produção quase obsessiva, de um trabalho manual, repetitivo, solitário e silencioso aponta para os detalhes das contingências que convidam o olhar para aquilo que quase ninguém vê. De 11 de setembro a 26 de outubro – classificação livre.
  • Maçã Dourada – Thiago Toes, sob a curadoria de Daniela Avellar, apresenta pinturas e desenhos que oferecem uma imersão no universo místico do artista. Inspirada pela figura da maçã dourada, símbolo do tarot relacionado à prosperidade, conquista e sucesso, a exposição explora questões relacionadas à espiritualidade e ao autoconhecimento, transformando a pintura e o desenho em uma espécie de ritual. Além do tarot, os trabalhos em exposição ainda trazem referências a diversos símbolos e arquétipos da mitologia. De 11 de setembro a 26 de outubro – classificação livre.
  • Toda Aurora Tem Seu Fim – O artista Andrey Rossi apresenta pinturas a óleo de grandes proporções e convida o público a refletir sobre o tempo, a solidão e a impermanência, a partir de um passeio por paisagens imaginárias. O trabalho de Rossi não parte da representação fotográfica: todos os espaços retratados em suas pinturas são originários de uma arquitetura interna e pessoal do artista. Assim, o público poderá percorrer longos corredores com portas entreabertas e cômodos escurecidos que nos convidam a adentrar a complexa rede de seu imaginário, composta por camadas de silêncio e solidão. De 11 de setembro a 26 de outubro – classificação livre.
     
  • As Primeiras Damas do Atletismo Olímpico Brasileiro: uma odisseia –  A exposição apresenta, por meio de dados e objetos, a vida das primeiras atletas brasileiras a competirem no atletismo em Olimpíadas, abrangendo 10 edições dos jogos, de 1948 a 1984. Na mostra, os visitantes poderão conhecer a história dessas heroínas do esporte brasileiro. De 16 de outubro a 30 de novembro – classificação livre.
  • A casa carioca é suburbana – Autodeclarada sampleadora visual, a artista carioca Amora utiliza em seu processo artístico todo tipo de material que consome e vivencia, com o objetivo de estudá-lo para a criação de algo “novo”, mas que ainda assim reverencie o originário, como forma de memória. O objetivo da exposição “A Casa Carioca é Suburbana” é possibilitar um olhar diferente da região, ora associada a temas como violência e vulnerabilidade social, ora estereotipada, esvaziada de sentido por vieses meramente mercadológico. De 16 de outubro a 30 de novembro.
  • Mentira também é caminho – Raphael Medeiros apresenta um trabalho que assume a mentira como tecnologia de sobrevivência. E nessa exposição afunda no íntimo de memórias inventadas a partir de uma história cotidiana de seu território de origem, São Gonçalo. Em pinturas e esculturas, o artista faz anotações que apagam as fronteiras da ideia de verdade, e joga luz nas ficções que sustentam o imaginário da milícia, da masculinidade e das disputas em seu bairro. De 16 de outubro a 30 de novembro.
  • Caleidoscópio – Na segunda edição da mostra, os visitantes podem mergulhar na poética das formas e estilos de parte do acervo de esculturas do CCCRJ. A curadoria é da museóloga Roseane Novaes, que fez a seleção baseada nas mais diversas linguagens De 17 de julho a 31 de novembro – classificação livre.

Espetáculo Teatral

  • A Palavra que Resta – O espetáculo é a adaptação do livro homônimo de Stênio Gardel e conta a trajetória de Raimundo Gaudêncio de Freitas que, nascido no sertão nordestino e trabalhador da roça não teve a chance de ir à escola, apaixona-se por seu grande amigo, Cícero. Ao serem flagrados juntos, as duas famílias os separam. Cícero desaparece, deixando somente uma carta a Raimundo, que é expulso de casa pela mãe. Raimundo começa a trabalhar como ajudante de caminhoneiro e, durante 50 anos, permanece analfabeto. Aos 71 anos, quer aprender a ler para saber o que o amado havia lhe escrito. De 10 de outubro a 30 de novembro. De quinta a sábado, às 19h. Duração 90 minutos e classificação 14 anos. Ingressos: https://riocultura.eleventickets.com/.

Serviço

Centro Cultural Correios Rio de Janeiro e Teatro Correios Léa Garcia

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro/RJ

Visitação das exposições: terça a sábado, das 12h às 19h

Informações: (21) 3088-3001     

Com acessibilidade.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Instagram: @correioscultural / @teatrocorreiosleagarcia

Ingressos para Teatro Correios Léa Garcia: https://riocultura.eleventickets.com