Recife, 2/7/2024 – Os Correios lançaram, nessa terça-feira (2), a emissão postal comemorativa em homenagem ao Bicentenário da Confederação do Equador. A cerimônia foi realizada no Centro Cultural Eufrásio Barbosa, em Olinda, como parte da programação especial elaborada pelo Governo do Estado para celebrar os 200 anos do movimento revolucionário que teve início em Pernambuco e que contou com a adesão de outras províncias do Nordeste.

A solenidade contou com a presença da governadora Raquel Lyra; da vice-governadora, Priscila Krause, e da senadora Teresa Leitão, que participaram do ato de obliteração do selo, conduzido pelo superintendente estadual dos Correios em Pernambuco, Ricardo Santos.

Saudando os presentes, o superintendente destacou o papel dos Correios em preservar a história por meio dos selos postais. “Ao longo de nossa trajetória de mais de 360 anos de serviços postais e telegráficos no Brasil, temos nos empenhado em revisitar a história e marcar datas importantes por meio dos selos postais. Em 1924, lançamos um selo por ocasião do centenário da Confederação do Equador. Hoje, cem anos depois, renovamos nosso compromisso com a preservação da memória nacional e pernambucana. Este selo não é apenas um objeto de colecionador, mas um símbolo de nossa identidade e memória coletiva, assim como foi o Olho de Boi, o primeiro selo brasileiro, lançado em 1843”.

Presidente da comissão estadual de coordenação das comemorações do Bicentenário da Confederação, a vice-governadora valorizou a ação da estatal em homenagear a data com o lançamento da emissão. “Agradeço demais aos Correios, que desde o início compraram a ideia do selo”, ressaltou Priscila.

O superintendente estadual dos Correios em Pernambuco, Ricardo Santos, conduziu o lançamento filatélico, que teve as presenças da governadora Raquel Lyra; da vice-governadora, Priscila Krause, e da senadora Teresa Leitão.
Fotos: Correios/PE.

A arte do selo é composta pela marca do bicentenário e por elementos da bandeira da Confederação. O fundo do selo é azul-celeste. O brasão consiste em um quadrado amarelo, tendo sobre ele um círculo branco de interior azul estrelado com uma Cruz da Trindade vermelha, e os lemas Religião, Independência, União e Liberdade. Envolvendo os lados do quadrado, um ramo de cana de açúcar e um de algodão; e saindo da parte superior, a Mão da Justiça, tendo na palma desta o Olho da Providência. Logo acima, uma fita em cujo interior está escrita a palavra “Confederação”. A técnica usada foi computação gráfica. O selo tem valor facial de R$ 2,55 (1º Porte da Carta). A tiragem é de noventa e seis mil exemplares. A folha possui 12 selos e já está disponível loja virtual dos Correios e nas principais agências do Brasil.

Sobre a Confederação – Considerado uma espécie de continuação da Revolução de 1817, a Confederação do Equador se destacou como um dos principais movimentos de contestação ao reinado do imperador D. Pedro I, que ainda flertava com os portugueses mesmo com a independência do Brasil. O movimento começou em Pernambuco e atingiu outras províncias, como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ganhou este nome em referência à proximidade do centro do conflito com a linha do Equador. As principais causas da revolução, apontam os historiadores, foram a crise socioeconômica na região e o autoritarismo do imperador Dom Pedro I, que determinou o “poder moderador” na Constituição de 1824, a primeira do Brasil. Na época, o movimento foi proibido e severamente perseguido pelas tropas do imperador. Foram condenadas à morte 31 pessoas, entre elas o Frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói entre os revolucionários.