De fotografias históricas a obras com imersão sensorial, programação de julho é pra todos os públicos
Rio de Janeiro/RJ – O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro abre o mês de julho com importantes exposições, dos artistas Rafael Mayer e Manoel Novello, além do espetáculo “Nada me Aflige – Made in Favela”, em cartaz no Teatro Correios Léa Garcia. Já na segunda quinzena, quatro novas mostras chegam para completar a programação do mês. A entrada é gratuita para as exposições e também para a peça teatral.
Exposições
– Escavações na Guanabara: as obras do artista Rafael Mayer apresentam um mergulho na cultura carioca, inspirando-se na pesquisa arqueológica sobre os sambaquis, com técnica artística de inscrição, incisão e escavação. Os sambaquis, montes de conchas e resíduos deixados por povos pré-históricos ao longo da costa brasileira, são fontes valiosas de conhecimento sobre as culturas antigas que habitavam a região (26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
– E a cobra fumou: o Brasil na Segunda Guerra Mundial: a mostra aborda a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e reúne fotografias, documentos e objetos históricos que contam a trajetória dos pracinhas no combate. É uma realização da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, e do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana (26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
– No Centro: as obras do arquiteto e artista plástico Manoel Novello são interpretações da paisagem urbana do Centro do Rio de Janeiro.Com uma linguagem abstrata, apoiada nos elementos básicos do desenho de arquitetura, o artista constrói imagens que remetem a grandes e pequenas paisagens, alusivos a detalhes construtivos (26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
– Terrosa: a exposição da artista Mery Horta apresenta obras inéditas que partem de questões relacionadas à ecologia e ao corpo negro feminino. Utilizando materiais orgânicos, a mostra oferece ao público trabalhos inéditos entre esculturas e performance e mergulha em cores, cheiros e texturas para criar um universo permeado por seres que surgem da terra (17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
– O que te faz olhar para o céu?: a mostra coletiva apresenta trabalhos de 45 artistas brasileiros e curadoria de Rodrigo Franco. Apresenta uma jornada poética e crítica sobre a conexão humana com o céu e convida o público a uma imersão reflexiva e sensorial, através de uma centena de obras de diversas partes do Brasil (17 de julho a 31 de agosto – classificação 14 anos).
– Casa-Tempo: Assentamentos: o artista Thiago Modesto apresenta sua série mais recente de xilogravuras e trabalhos produzidos em tecido, com o objetivo de dividir suas vivências, crenças e memórias que partem de suas raízes familiares e atravessam sua trajetória. Os espectadores, conduzidos por essa figura que desterra lembranças guardadas no fundo dos cômodos da casa, são levados a perceber que o ambiente desta exposição individual do artista é uma convocação à intimidade (17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
– Ocupação: a exposição de Jabim Nunes reúne trabalhos recentes e inéditos, com instalações que remontam à pesquisa e prática do artista quanto ao recolhimento de fragmentos de madeiras descartadas nas ruas e entorno de uma antiga ocupação de mulheres que abandonaram suas casas, muitas delas, inclusive, por terem sofrido violência doméstica, agressões físicas e verbais dos seus ex-companheiros. O artista também revisitou as práticas com seu pai em canteiros de obras (17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
Espetáculo Teatral
– Nada me Aflige – Made in Favela – o espetáculo conta as histórias de quatro personagens: uma mulher que resolve aderir a um aplicativo de conteúdo adulto para conseguir pagar a faculdade e cuidar do pai; um dançarino que não para de dançar para não dançar; uma mãe que precisa lidar com a filha que não para de fazer as dancinhas da internet, enquanto espera seu atendimento na clínica da família; e um estudante que precisa lidar com as dificuldades de acesso por meio de transporte público, além da estigmatização que sofre por ser preto e favelado. A peça celebra os 11 anos do Grupo Contra Bando de Teatro, do Complexo do Alemão, e a montagem inédita é uma releitura do primeiro espetáculo do grupo, que teve sua estreia em 2013. Com roteiro de Nilda Andrade, Rohan Baruck e Victor Meirelles, e direção de Rohan Baruck. (4 a 27 de julho – de quinta a sábado, às 19h30 – classificação 14 anos – entrada gratuita, basta pegar o ingresso na bilheteria um pouco antes do espetáculo iniciar).
Sobre o Centro Cultural Correios RJ – Inaugurado em 1993, com a Exposição Mundial de Filatelia – Brasiliana 93, o CCCRJ conta com três andares interligados por um elevador de onde se pode ter uma vista panorâmica de todo o ambiente interno. O imóvel histórico onde funciona o CCCRJ foi inaugurado em 1922, com linhas arquitetônicas em estilo eclético, e foi utilizado por mais de 50 anos para o funcionamento de unidades administrativas e operacionais dos Correios. Na década de 80, a edificação foi desativada para reformas, sendo reaberta com a inauguração do Centro Cultural.
Sobre o Teatro Correios Léa Garcia – O Teatro Correios Léa Garcia, com 320 m² e capacidade para 199 pessoas, está localizado no térreo do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. O Teatro Correios reabriu em janeiro de 2024 com o novo nome, homenageando a atriz Léa Garcia (1933-2023), e com o foco em apresentar espetáculos teatrais, shows e eventos que abordam a ancestralidade negra, as tradições de povos originários e os projetos que proporcionam a pesquisa de culturas populares.
Serviço
Programação do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro e Teatro Correios Léa Garcia
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Visitação das exposições: terça a sábado, das 12h às 19h
“Nada me Aflige – Made in Favela”: quinta a sábado, às 19h30
Informações: (21) 3088-3001
Com acessibilidade.
Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).
Instagram: @correioscultural / @teatrocorreiosleagarcia