Os Correios colocaram em circulação na segunda-feira (13), Dia do Cozinheiro e Chef de Cozinha, a emissão postal especial Série Mercosul: Profissão – Chef. Esta é a quarta emissão de um total de cinco temas que serão emitidos na série “Profissões” até 2025.

O chef é um cozinheiro experiente e qualificado para realizar inúmeras funções em bares, restaurantes e outros estabelecimentos dedicados à gastronomia. Também chamado de chefe executivo, esse profissional organiza as equipes dentro e fora do ambiente da cozinha para que a experiência seja sempre a mais agradável possível. Segundo Josimar Melo, crítico gastronômico do jornal Folha de S.Paulo e curador de conteúdo do canal de TV Sabor&Arte, que assina o edital da emissão, sob o comando do chef “trabalha um exército de cozinheiros que nos fornecem a comida que não somente nos alimenta, mas também nos brinda com sabores prazerosos, e com pedaços de nossa história”.

Melo ressalta que, se comparada a outras profissões, a de chef de cozinha pode ser considerada recente. Nos últimos anos, inclusive, é vista como uma profissão envolvida em um status de glamour e sofisticação, porém o prestígio acaba não revelando o trabalho duro que ao longo da história passou por transformações.

Após a Revolução Industrial, as cidades europeias começaram a receber um maior número de pessoas, período em que começaram a surgir os lugares dedicados à alimentação do público. “Se antes as cidades eram pequenas e as pessoas comiam em casa, com o que era cultivado no entorno, agora a ideia de comer fora começava a se expandir e a diversificar. No início, era uma local de conveniência que, por praticidade, as pessoas comiam perto do trabalho. Com o tempo foi virando também um destino de lazer, onde o público buscava entretenimento sob a forma de boa comida, belo ambiente e bom serviço”, comenta Melo. Nessa nova configuração de sociedade, começaram a surgir códigos de organização do serviço da cozinha, para tornar eficiente o trabalho de vários cozinheiros atuando simultaneamente sob a orientação de um chef, como explica o crítico.  

No Brasil, a profissão começou a se estabelecer um pouco depois, no século 19, com a chegada da família real ao Rio de Janeiro. Fortemente influenciada pela França, a corte portuguesa tinha gosto por comer fora, como faziam os parisienses, e então o costume foi introduzido no Brasil. 

Atualmente, as ofertas de trabalho para chef exigem uma formação técnica ou acadêmica, com conhecimentos atualizados em cursos e outras qualificações. Embora existam chefes de cozinha sem diploma, essa não é a regra no mercado de trabalho. 

O selo – A ilustração do selo é composta por dois indivíduos, um homem e uma mulher, uniformizados tradicionalmente com o dólmã branco, vestimenta que demonstra quem é o responsável pela cozinha, e o toque blanche. A arte, de Miriam Guimarães, buscou representar a diversidade étnica e de gênero dos Chefs no Brasil. Os dois estão em primeiro plano, posando, de braços cruzados, com suas sombras projetadas. O pano de fundo é amarelo-gema, destacando os dois protagonistas. Na porção superior direita, está inserida a marca do Mercosul. A técnica usada foi computação gráfica.

O valor facial é de R$4,30. A folha possui 24 selos e já está disponível na loja virtual e nas agências dos Correios em todo o Brasil.