Estatal e prefeitura assinaram acordo com objetivo de atender mais 20 favelas neste ano

Rio de Janeiro – Os Correios inauguraram, nesta segunda-feira (15), o seu novo canal de atendimento na favela da Mangueira, Zona Norte do Rio de Janeiro. A unidade, primeira dos Correios com este perfil em uma favela do estado, visa oferecer aos moradores acesso aos serviços postais em um local no próprio bairro para postar e retirar encomendas. O evento de inauguração contou com a presença do superintendente estadual dos Correios no RJ, Paulo Cesar Penha Da Silva Junior, do secretário municipal especial de Desenvolvimento Econômico e Solidário, Diego Zeidan Cardoso Siqueira, além de representantes e lideranças da comunidade do Morro de Mangueira. 

O novo canal de atendimento oferece serviço de postagem e retirada de encomendas. Foto: Correios

O novo canal de atendimento é fruto de parceria dos Correios com a prefeitura do Rio de Janeiro, que disponibilizou todo o equipamento necessário para que seja prestado um serviço de qualidade à população. Na solenidade, os Correios e a prefeitura firmaram ainda um acordo para a instalação de unidades em outras 20 favelas da cidade do RJ ao longo do ano. Além disso, a expectativa dos Correios é abrir mais 30 unidades no estado até o fim do ano, totalizando mais de 50 unidades em favelas cariocas só em 2024.

“Somos uma empresa pública presente em todo o Brasil e nada faz mais sentido para nós que estarmos nas favelas, rompendo a fronteira da invisibilidade e do preconceito. Vamos investir cada vez mais nesse modelo, atendendo a solicitação do Presidente Lula de chegar nas comunidades que necessitam de serviços públicos”, afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.

Para o secretário especial de Desenvolvimento Econômico Solidário, Diego Zeidam, os Correios irão oferecer oportunidade para moradores e empreendedores da região. “É importante a presença dos Correios nas favelas para que possamos trazer mais oportunidades para os empreendedores locais, para que os moradores tenham acesso às suas compras, a sua dignidade postal próximo de sua casa, sem ter que se deslocar, sem ter que gastar dinheiro com passagens. É uma dignidade muito grande que essa inauguração traz para todos os moradores de favela”, ressaltou. 

“Tem muitos empreendedores dentro da comunidade”, disse a presidente da Associação de Moradores do Complexo da Mangueira, Erika Andréia Santos da Silva. De acordo com ela, as pessoas tinham que pegar condução para ir aos Correios em regiões que, muitas vezes, não eram próximas. “Isso acaba encarecendo o produto. Agora a gente pode vir aqui, não vamos ter custo de passagem, os produtos ficarão mais baratos, além da comodidade. As pessoas vêm aqui, dentro da sua casa – porque essa unidade é uma casa, casa do nosso povo – e deixa as suas postagens aqui”, declarou a representante. 

Com a instalação do novo canal de atendimento na favela da Mangueira, os Correios oferecem comodidade a mais de 20 mil moradores da região. A unidade dispõe de um guichê de atendimento, instalado em uma área de 15 m2. 

Pontapé inicial para o fortalecimento da presença dos Correios nas comunidades do Rio de Janeiro, a inauguração do novo canal reforça o compromisso dos Correios como agentes de políticas públicas do governo federal para a inclusão social e o combate às desigualdades.

A unidade está localizada no ponto conhecido como “Buraco Quente”, com acesso pela rua Visconde de Niterói, ao lado da quadra da escola de samba Mangueira, onde um imóvel foi reformado para esse fim. O horário de funcionamento do canal de atendimento da Mangueira será de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. 

Correios Comunidade – A iniciativa faz parte do projeto Correios Comunidade, que visa levar os serviços postais para favelas nas grandes cidades, facilitando a vida dos moradores e dos empreendedores locais, estimulando o desenvolvimento da economia desses bairros. A primeira unidade do projeto foi inaugurada em novembro em Paraisópolis, São Paulo/SP. Atualmente, os Correios entregam cerca de 700 encomendas a cada três dias no local, além de serem usados por empreendedores locais para a postagem de objetos.