A qualidade técnica do 11º Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa dos Correios – relatório que acompanha a emissão de gás carbônico equivalente em todos os processos da empresa – foi reconhecida no mês de outubro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que concedeu aos Correios o Selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol.
Além do ganho para a credibilidade e para a imagem da empresa, o reconhecimento da qualidade técnica da metodologia usada pelos Correios para medir suas emissões é um passo importante para que a estatal possa atuar no mercado de carbono, que está em vias de ser regulamentado no Brasil. Presente em diversos países do mundo, o mercado de carbono é um sistema de compra e venda de créditos de emissão de gases de efeito estufa. São fixadas cotas: quem emite menos, tem créditos, e pode vendê-los para quem precisar emitir mais. O mercado de carbono é uma tentativa de reduzir as emissões de gases poluentes no planeta e pode representar ganhos financeiros para quem tem emissões abaixo da meta.
Cada vez mais, clientes, parceiros e sociedade em geral cobram das empresas com as quais fazem negócios uma postura sustentável, e buscam informações sobre a quantidade de emissões de gases de efeito estufa gerada em cada processo. O Selo do Programa GHG Protocol é amplamente reconhecido no mercado nacional e internacional como indicador do nível de maturidade de uma empresa em relação ao cálculo de emissão.
Clientes como Magalu, Mercado Livre, Caixa, Bradesco e Banco do Brasil, por exemplo, solicitam com frequência informações sobre as emissões de gases de efeito estufa dos Correios. Ao prestar essas informações, o Selo Prata agrega credibilidade, maior valor comercial e de imagem para empresa.
A participação no Programa, permitiu, pela primeira vez, que os Correios integrem o Registro Público de Emissões (RPE), maior banco de dados de inventários corporativos da América Latina. A plataforma é desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, que auxilia na publicação dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) das organizações-membro.
O objetivo da área pública do RPE é permitir o acesso aos dados dos inventários publicados pelas organizações a todo tipo de público de interesse. O inventário, assim como uma ferramenta de análise dessas informações por meio de gráficos, permite visualizá-los de forma didática, agregando transparência ao processo.
Governança – Os Correios monitoram suas emissões de gases de efeito estufa desde 2013, sendo que a União Postal Universal (UPU) reconheceu, também no mês de outubro, a qualidade do 10º inventário. Até o momento, já foram emitidos onze inventários, gerando dados que permitem buscar soluções e atuar efetivamente na redução da pegada de carbono e do aquecimento global.
O trabalho para mitigar o impacto ambiental da estatal faz parte da gestão ASG, que engloba, também, os aspectos social e de governança. Dentre as ações para redução da pegada de carbono da empresa, destacam-se a gestão da frota própria (com renovação periódica e manutenção constante dos veículos) e ações de eficiência energética, como a instalação de usinas fotovoltaicas em unidades dos Correios (painéis de energia solar para fornecer eletricidade aos prédios onde foram instalados). Saiba mais sobre as ações de sustentabilidade no site dos Correios.
GHG Protocol – O Programa Brasileiro é uma adaptação do protocolo internacional para identificação e cálculo da emissão de gases de efeito estufa. Com metodologia específica, o protocolo certifica o grau de maturidade da contabilidade das emissões. Foi criado em 2008 pela FGV, em parceria com o World Resources Institute (WRI), o Ministério do Meio Ambiente, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD) e mais 27 empresas fundadoras.