Neste sábado (8), Dia Nacional do Sistema Braille, os Correios lembram que inclusão, cidadania e acessibilidade são oferecidos todos os dias pela estatal, por meio dos serviços destinados às pessoas com deficiência visual e baixa visão.
O Cecograma é uma dessas iniciativas que contribuem com a universalização dos serviços postais. Criado em 1978, o serviço gratuito de encaminhamento e distribuição de correspondência beneficia remetentes com deficiência visual e instituições de cegos oficialmente reconhecidas. Em média, são postados cerca de mil Cecogramas mensalmente.
Transcrição Braille – Outra solução acessível oferecida pela empresa é a Transcrição Braille. Implantado em 2007, o serviço permite que textos em escrita comum (digitados ou manuscritos) sejam transcritos para a escrita Braille. Disponível em todas as agências próprias dos Correios no país, a solução pode ser utilizada também por quem não domina a linguagem Braille e quer se comunicar com deficientes visuais. Só em 2022, os Correios realizaram 1.693 transcrições. O conteúdo das correspondências é protegido pelo sigilo profissional.
Com a Transcrição Braille, ficou mais fácil para pessoas físicas e jurídicas enviarem mensagens a deficientes visuais e demais segmentos da sociedade que utilizam o Braille para se comunicar. Prestadores de serviços de energia, água, telefônico, bancos e tribunais, por exemplo, identificam os cidadãos que têm interesse em receber correspondências em Braille e fazem o envio dos documentos, por meio de arquivo digital, para realizar a transcrição.
A transcrição da mensagem é realizada em até dois dias úteis, contados a partir do recebimento da correspondência ou arquivo na Central Braille, que fica em Belo Horizonte/MG. Pela transcrição para Braille, o cliente paga R$4,40. O limite de transcrição é de duas páginas ou uma folha frente verso.
Selos em Braille – O dia 8 de abril de 1834 marca o nascimento de José Alvares de Azevedo, primeiro professor cego do Brasil e que trouxe da França o sistema de leitura e escrita criado por Louis Braille, há quase 200 anos. José Alvares é considerado o “Patrono da Educação de Cegos no Brasil” e o dia de seu nascimento inspira a data comemorativa nacional. Foi também no Brasil, em 1974, que ocorreu o lançamento do primeiro selo no mundo com legendas em Braille. A peça filatélica pioneira trazia a legenda: “O homem cego é um cidadão participante”. Desde então, várias outros selos em alusão ao sistema Braille foram lançados, como a emissão comemorativa em homenagem ao Bicentenário de Nascimento de Louis Braille, em 2009.