A exposição Dispositivos, do grupo Sem Nome (por enquanto), da Casa Contemporânea, foi aberta ontem, 21/03, no Centro Cultural Correios São Paulo, no Vale do Anhangabaú.  

Sob curadoria de Marcelo Salles, são apresentadas cerca de 60 obras de dez artistas do grupo Sem Nome (por enquanto), baseadas no texto “O que é um dispositivo?”, do filósofo italiano Giorgio Agamben.  

Dispositivos propõe uma discussão sobre temas para repensar o Brasil e questões globais, por meio de pinturas, instalações, assemblages, objetos, esculturas, desenhos, site-specific, fotos e textos, dispostos basicamente em quatro “dispositivos-ilhas”: OikonomiaEcologia, Linguagem e Territórios. 

O grupo Sem Nome (por enquanto), que existe há oito anos, é composto por artistas com linguagens, vivências e trajetórias diversas, por isso sua denominação busca traduzir esta heterogeneidade. São eles:

Anita Colli – direciona sua pesquisa para estruturas tridimensionais com materiais descartados no cotidiano doméstico e de laboratório. 

Audrey Landell – questões sobre visibilidade das estruturas de opressão e o diálogo entre a estrutura fractal da natureza e as narrativas oníricas aparecem em seus trabalhos. Premiada pela Funarte com a vídeo-instalação “Folhas da Quarentena” (2021) e o primeiro lugar no italiano Maimeri (2010).  

Consuelo Vezarro – pesquisa possíveis relações entre a construção e o vazio, aproximações e distanciamentos.  

Edilaine Brum – sua pesquisa passa por questões como identidade, afeto e memória. Desenvolve sua produção nas linguagens da pintura, escultura, assemblage, além de projetos de intervenções artísticas.  

Edu Silva – Interesse por tensões territoriais na segregação social e questões identitárias que rediscutem a mestiçagem, tendo a pintura como principal produção. Premiado no 10° Salão dos Artistas sem Galeria (2º lugar) e no XXXVII Salão de Artes de Rio Claro (1° lugar). 

Lucimar Bello – pós-doutora em comunicação e semiótica no Núcleo de Estudos da Subjetividade (PUC-SP), professora titular aposentada da UFU-MG, participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, como França, Portugal, Cuba e Estados Unidos.  

Roberta Bottcher – pela união de psicologia e artes visuais, procura uma ampliação sensível em relação ao seu entorno. Em sua produção, busca pela definição do ser humano, ainda que inalcançável ou ilusionista, à procura de um espaço para existir. 

Rosa Grizzo – investiga a memória e o entendimento do cotidiano, componentes da construção da identidade e subjetividade na sociedade patriarcal do “tornar-se mulher”. Produz em diferentes linguagens e aprimora seu conhecimento participando de grupos de pesquisa e produção em arte contemporânea.  

Selma Fukai – através da pintura e da cerâmica busca um lugar imaginário de sensações e viagens pelo desconhecido, um lugar meditativo e silencioso, onde surgem indagações através de formas e cores.  

Vitória Kachar – sua poética parte de indagações sobre a transitoriedade da vida, perscrutando memórias e ancestralidade. Revisita fotografias e objetos familiares os quais estão atravessados pelo ofício da costura. Na narrativa há o desvelamento das relações do imigrante entre as culturas libanesa e brasileira. 

SERVIÇO: 

Dispositivos – Grupo Sem Nome (por enquanto) 

Visitação: 21 de março a 29 de abril, de segunda-feira a sábado, das 10h às 17h 

Entrada gratuita 

Classificação etária: Livre

Onde: Centro Cultural Correios São Paulo – Praça Pedro Lessa, s/n° – Vale do Anhangabaú, São Paulo – SP – 01031-970 

Telefone: (11) 2102-3691 

E-mail: centroculturalsp@correios.com.br 

Como chegar:  Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú;  

Automóveis – Embarque e desembarque são liberados no calçadão, com acesso pela Rua Capitão Salomão. Há estacionamentos públicos em torno do CCCSP 

Acessibilidade: Rota acessível, elevador e banheiro adaptados.  

Assessoria de Imprensa – Dispositivos: Ivi Brasil / (11) 99943-3614 / ivibrasilpress@gmail.com