Os Correios possuem em seu banco de dados oficial, também chamado de Diretório Nacional de Endereços (DNE), mais de um milhão de CEPs cadastrados, beneficiando e facilitando a toda a população brasileira as entregas postais. Mas afinal, por que existe o CEP e qual a sua finalidade?
O Código de Endereçamento Postal brasileiro foi criado em 1971 e tinha um conjunto numérico constituído por apenas cinco dígitos. Hoje, o CEP possui oito algarismos, código esse que orienta e acelera o encaminhamento, o tratamento e a distribuição de objetos de correspondência, por meio da sua atribuição a localidades, logradouros, unidades dos Correios, serviços, órgãos públicos, empresas e edifícios.
Ele é imprescindível quando se fala em entrega de cartas e encomendas em residências e estabelecimentos comerciais de todo o país. Somente no ano passado, foram criados e implantados 38 mil novos códigos de endereçamento postal em todo o Brasil. Essa codificação possibilita a melhoria no tratamento de toda a carga postal, com o uso de equipamentos eletrônicos desde a triagem até a distribuição. Na falta do CEP ou uso de código incorreto, os objetos postais levam mais tempo para serem separados e entregues, sem falar na possibilidade de algum deles ser entregue em endereço indevido, dada à existência, por exemplo, de mais de uma rua com o mesmo nome em uma mesma cidade.
A criação de novos códigos, realizada pelos Correios, é um trabalho contínuo, considerando que em todo o país há novas regiões habitacionais em desenvolvimento e conglomerados urbanos em expansão.
Significado dos dígitos – Cada algarismo do CEP possui um significado. Da esquerda para a direita, os cinco primeiros números indicam a região, sub-região, setor, sub-setor e divisor de sub-setor. Já os três últimos dígitos do código se referem à identificação individual de localidades, logradouros, códigos especiais e unidades dos Correios. O Brasil é dividido em dez regiões postais, que compõem o primeiro dos números do CEP:
Região 0 – Grande São Paulo;
Região 1 – Interior de São Paulo;
Região 2 – Rio de Janeiro e Espírito Santo;
Região 3 – Minas Gerais;
Região 4 – Bahia e Sergipe;
Região 5 – Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte;
Região 6 – Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Amapá e Roraima;
Região 7 – Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia;
Região 8 – Paraná e Santa Catarina;
Região 9 – Rio Grande do Sul.
Conforme avançamos os números, a informação fica mais detalhada. O segundo dígito do CEP corresponde a uma sub-região. As sub-regiões são 10 áreas dentro de cada região. Já o terceiro algarismo representa cada sub-região, que é dividida em 10 setores postais. Cada setor postal (4º dígito) é dividido em 10 subsetores. E cada subsetor contém 10 divisores de subsetor (5º número). Estes são os cinco primeiros dígitos do CEP.
Por último, há o identificador de distribuição (sufixo), formado pelos três dígitos finais. Esse dado é o mais aprofundado possível, já que é usado para identificar especificamente os logradouros ruas, praças, travessas, avenidas, vielas etc.
Vale lembrar que as regiões postais não correspondem às regiões geográficas, mas sim áreas estabelecidas especificamente para localizar endereços dentro do território brasileiro.
Como criar um CEP – Para implantar novos CEPs e agilizar o acesso do cidadão aos serviços postais básicos, os Correios precisam receber, oficialmente, mapas atualizados, legislação correlata, relação de logradouros, entre outros documentos. O prazo para criação de um novo CEP depende da integralidade do material que é fornecido por prefeituras e órgãos públicos. O tempo para se concluir um processo de codificação varia de acordo com as especificidades de cada região.
Com a codificação mais detalhada, há ganho de tempo na triagem e diminuição considerável de erros de encaminhamentos de cartas e encomendas, além da facilidade na localização de endereços, beneficiando tanto moradores quanto prestadores de serviços e empresas que realizam postagens aos seus clientes. Dessa forma, os Correios ampliam sua capacidade produtiva e conseguem otimizar a entrega.
É importante estar atento ao uso correto do CEP. A atualização dos dados junto aos remetentes é de responsabilidade de cada cidadão. Caso não saiba ou não tenha certeza do CEP de sua residência, consulte na página dos Correios.