Nesse mês de outubro, 27 alunos da 2ª série da Escola Municipal Aspirante Carlos Alfredo estiveram no edifício-sede dos Correios no Rio de Janeiro para uma visita guiada à empresa.

A iniciativa faz parte do projeto “Letramento e Arte – Grandes obras pelo olhar de pequenos artistas: releituras em cartões postais”, que é realizado de forma interdisciplinar entre as regiões do Brasil. A professora Fabiana Pinto Gomes Lima, do Rio de Janeiro, é uma das autoras do projeto, que tem a colaboração das professoras Janaína Flores (RS), Paula Fernanda Prado (SP), Iara Magali Gonçalves (MG) e Luciana de Assis (MG).

Durante a visita, as crianças conheceram o percurso que as cartas fazem dentro dos Correios, desde o ato da postagem até a entrega ao destinatário. “Começamos pela agência, passando pela parte de transporte, depois fomos conhecer o tratamento mecanizado e, por fim, os estudantes foram à unidade de distribuição, que é o local de onde o carteiro sai para fazer as entregas. Os alunos puderam conhecer os quatro grandes momentos do processo produtivo dos Correios, que são: atendimento, transporte, tratamento e distribuição”, explicou o chefe do Centro de Serviços Telemáticos/RJ), Rodrigo Costa do Rosário.

Na agência Presidente Vargas, os pequenos receberam informações sobre a forma correta de endereçar as cartinhas, serviços postais, filatelia e caixa postal.

Alunos visitam o Cento de Tratamento. Divulgação Correios.

Após a ida à agência, os alunos visitaram ainda o Centro de Tratamento de Cartas (CTC) Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Cidade Nova.

Ao final da visita, todos os alunos ganharam kits institucionais e telegramas confeccionados especialmente para cada um deles. “Não tem preço uma ação dessa envergadura. Conseguimos ver o brilho no olhar das crianças e deixar nossa marca de empenho e carisma no coração desses jovens cidadãos”, celebrou Rodrigo Rosário.

Segundo a professora Fabiana, os pequenos visitantes estavam muito ansiosos e perguntando todos os dias quando seria a visita. “Esta vivência agrega muito, porque eles não ficam só na parte escrita, mas também começam a materializar tudo que está sendo trabalhado em sala de aula. Passam agora a entender qual é o processo de envio e recebimento das cartas. É saber como a cartinha que eles enviam daqui do Rio chega até as escolas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo”, disse ela. “E o sucesso foi tanto que tivemos crianças chorando porque não queriam que o dia acabasse. Outras comentaram que nunca tinham ido a uma agência de Correios e que adoraram”, enalteceu Fabiana.

Cada visitante recebeu um telegrama. Divulgação Correios.

“Letramento e Arte – Grandes obras pelo olhar de pequenos artistas: releituras em cartões postais”

O projeto reúne escrita com arte e cada turma participante conta com um artista escolhido para trabalhar. No caso do Rio de Janeiro, o artista selecionado foi o espanhol Miró. Na escola de São Paulo, o pintor escolhido foi Candido Portinari. No Rio Grande do Sul, Romero Brito, e em Minas Gerais, como são duas escolas, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

A professora de Artes, Tassia Nunes Vieira, que também esteve nos Correios acompanhando a visita dos alunos, destacou que a ideia de unir a arte com a escrita surgiu de professoras do primeiro segmento. “Eu fui convidada como supervisora técnica justamente por ter formação em artes plásticas, então acabo dando sugestões de obras. No caso da nossa escola aqui no RJ, estamos trabalhando o artista Miró, falamos um pouquinho sobre Surrealismo, sobre outros artistas que são contemporâneos a ele como o Picasso… E aí a professora vai pegando o gancho do artista ou da obra para trabalhar a alfabetização em sala de aula”, explicou a professora Tassia.

“Esta ação ajudou bastante na compreensão das etapas de construção de uma carta. Na primeira mensagem eles mandaram uma cartinha simples, construída de forma coletiva, contando onde estudam, onde moram, como é a escola… Depois disso criou-se o hábito de escrever cartinhas uns para os outros. Até a comunicação deles em sala de aula mudou, estão tão desenvoltos que agora até bilhetinhos em aula eles trocam, temos que ficar de olho nesses pequenos”, brincou a professora Fabiana.

Texto: CCOM/RJ.