Dia Internacional dos Animais é celebrado nesta sexta-feira

Redação – O Estado de S.Paulo

Em um dia, como outro qualquer, Nelson entrou em uma galeria para entregar a correspondência no bairro da Aclimação, na zona sul de São Paulo. Em uma loja de roupas, uma calopsita, a Sofia, se apaixonou pelo carteiro.

“Primeira vez que eu encontrei ela, ela voou pra cima de mim e ficou no meu ombro e não saiu mais”, conta o carteiro.

E toda a vez que ele aparecia para fazer as entregas nas lojas da galeria, Sofia se colocava no ombro dele, que seguia seu trabalho.

“Se o Nelson não pegasse ela, ela saia voando. Ela começou a ficar nervosa e agressiva comigo”, conta Beth, a tutora da calopsita.

Quando Nelson ia embora, a calopsita ficava inquieta e sempre fugia de casa para perseguir o carteiro.

Certa vez, ela sumiu por um mês e a tutora já havia se conformado com o desaparecimento da ave quando Nelson, ao passar por uma das ruas do bairro, ouviu gritos que vinham do alto e desconfiou que era Sofia.

O carteiro, então, começou a assoviar. “Eu estava indo para o serviço, entregar as cartas na rua e passei na porta de um prédio. E aí escutei ela gritar, mas não tinha certeza”, disse. Sofia apareceu e se acolheu no ombro de Nelson.

Ao ver tanta paixão da calopsita por Nelson, Beth decidiu dar a ave para o carteiro. “Eu senti que realmente ela é apaixonada pelo Nelson. Daí, dei ela para o Nelson”, contou.

Em casa, a esposa dele gostou do presente. “O que que a gente vai fazer com tantos filhotes nessa casa, porque ela já colocou nove ovinhos. Vamos ver se vai vingar, né? Minha paixão é pássaro. Por mim, enchia essa casa da pássaro”, afirma.

Há quase 40 anos nos Correios, o carteiro tem uma teoria para explicar tanta paixão por parte da calopsita. “Não sei, talvez pela roupa amarela, ela me viu como um grande pássaro”, se diverte Nelson.