Nesta quarta-feira (3), A Gazeta publicou o artigo “Desestatizar os Correios: é para já!”, de Bharbara Dalla Bernardina, que traz informações equivocadas com relação aos serviços prestados pelos Correios.

Primeiramente, cabe esclarecer que os Correios detêm o monopólio dos serviços postais de correspondência em contrapartida à presença e atuação em todo o território nacional. A empresa está nos 5.570 municípios brasileiros e em 60% deles é a única representante do Estado. De todos os municípios atendidos, apenas 324 são lucrativos. Todos os demais têm garantidos os serviços dos Correios por conta do segmento de encomendas, que é concorrencial, e do desempenho financeiro das poucas unidades lucrativas.

O segmento de encomendas não faz parte do monopólio postal. No Brasil, hoje, há mais de 200 operadores, que vão desde empresas mundialmente conhecidas até pequenas startups. Neste mercado, os Correios entregam, diariamente, mais de 1 milhão de encomendas em todo o país. No 1º trimestre de 2019 a empresa alcançou o índice de 98% de encomendas entregues no prazo. Também houve redução de 72% na quantidade de manifestações sobre objetos nacionais e internacionais, nos canais oficias de atendimento da empresa, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os Correios estão tomando medidas relevantes para o fortalecimento da governança e da gestão, e têm intensificado ações para reduzir gastos e otimizar recursos em toda sua estrutura organizacional. O processo de readequação da rede de atendimento e do efetivo, que visa assegurar maior produtividade e garantir sustentabilidade, tem apresentado resultados positivos.

Independentes dos recursos do Tesouro Nacional, os Correios se mantêm com receitas próprias, geradas por suas atividades, que abrangem também a oferta de serviços de logística integrada e de correspondente financeiro, dentre outros. É grande o respeito dos brasileiros por esta empresa que conecta a nação, seja no dia a dia dos grandes centros urbanos ou nas pequenas cidades do interior, vilas e comunidades ribeirinhas, aonde ninguém mais chega, só os Correios.