Os milhões de usuários dos Correios talvez não saibam que, diariamente, uma grande quantidade dos empregados trabalha à noite e também na madrugada, tratando e encaminhando os objetos postais para cumprir a missão da empresa de conectar pessoas, instituições e negócios em todas as 5.570 cidades brasileiras.

No Pará, por exemplo, cerca de trinta trabalhadores do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas atuam no turno da noite para separar, de acordo com a modalidade de envio e o CEP de destino, toda a carga postal que chega ao Estado. Além disso, realizam o tratamento de tudo que é postado nas agências e que deve ser entregue no próprio Estado do Pará ou em outras localidades, no Brasil e no exterior.

O trabalho realizado à noite é fundamental para o tratamento efetivo da carga. Parte dela segue via aérea para o Estado do Amapá e para o município de Santarém, no Pará, com objetos que também serão distribuídos , em mais 19 localidades vizinhas como: Monte Dourado, Monte alegre, Oriximiná, Itaituba, Jacareacanga, Trairão, Castelo dos Sonhos, Juruti, entre outras. O centro de tratamento também é responsável por toda a carga que segue pelos caminhões para atender as demais 124 cidades do Estado.

Com 15 anos de empresa, o coordenador Antônio Carlos Santos, resume bem o seu dia-a-dia. “O centro de tratamento da funciona de segunda a segunda, até as 21h45, mas em geral os clientes não sabem. Aos sábados trabalhamos dez horas e aos domingos mais seis. Tudo para que as pessoas recebam suas correspondências e encomendas no prazo”, ressalta Antônio.

“Tratamos em média 19 mil objetos por dia aqui no CTE, sempre com o objetivo de cumprir as metas e prazos de entrega. Me sinto responsável pela satisfação do cliente”, afirma o coordenador operacional Valdenor Viega. Casado e pai de um casal de filhos, de 10 e 11 anos, ele destaca as vantagens de trabalhar em um horário diferenciado.  “Iniciando às 13h, eu fico com a manhã livre e posso participar mais das tarefas domésticas e ser mais presente na vida dos meus filhos. Sou eu quem os leva e busca na escola. E ainda aproveito o tempo para fazer supermercado ou algo do tipo, quando preciso”, comenta Valdenor.

A madrugada na capital federal

Do mesmo modo, em Brasília, 60 empregados se mobilizam entre o Terminal de Cargas – TECA, que fica no Aeroporto Internacional e o Centro de Tratamento de Encomendas, tratando e encaminhando milhões de objetos todas as noites. Empilhadeiras, furgões, vans e caminhões dão o necessário suporte para transportar e fazer chegar a carga logo nas primeiras horas da manhã, para a entrega nos domicílios brasileiros. A equipe atende oito aeronaves da Rede Postal Noturna – RPN, que abastece 40 linhas de transporte terrestre.

Bruno Carneiro Pereira, Coordenador de Unidade Operacional, está na empresa há sete anos, todos eles dedicados à RPN. “Nesse período, me sinto realizado pelo trabalho. De certa forma, me sinto uma pequena engrenagem nessa grande máquina que é são os Correios”, diz Bruno. Apaixonado pelo que faz, ele afirma que seu trabalho sempre impactou de forma positiva sua vida e que, a cada manhã que volta para casa, tem a sensação do dever cumprido, da satisfação pelo que faz.

“Tanto na vida pessoal quanto na profissional procuro agir com ética, caráter e honestidade, pois acredito que estes princípios são importantes para qualquer pessoa e nunca devemos desviar deles”, conclui Bruno.

Qualidade

As atividades noturnas realizadas nas principais unidades operacionais da empresa contribuem de forma decisiva para que os atuais índices de qualidade operacional melhorem a cada dia. Em março, foram entregues 1,9 milhão de encomendas em todo o Brasil, quase o dobro da média mensal de 2018. No ranking da qualidade da entrega, o Brasil ocupa o sétimo lugar, num grupo de 56 países, estando à frente de países como Alemanha, China, Estados Unidos e Japão. No primeiro bimestre deste ano, 99% desses objetos foram entregues dentro do prazo.