Estão em cartaz exposições, peças teatrais, mostra de vídeos e feira gastronômica

Rio de Janeiro, 7/8/2024 – O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, no mês de agosto, apresenta nove exposições incríveis que abordam temas e estilos diversos. Três mostras ficam disponíveis até o dia 10, outras seis exposições iniciam a partir da segunda quinzena. Duas peças teatrais estreiam no Teatro Correios Léa Garcia e a feira Junta Local, que será realizada na Praça dos Correios, começam no dia 24. Todas com entrada gratuita. Confira:

Exposições

  • Escavações na Guanabara – as obras do artista Rafael Mayer apresentam um mergulho na cultura carioca, inspirando-se na pesquisa arqueológica sobre os sambaquis, com técnica artística de inscrição, incisão e escavação. Os sambaquis, montes de conchas e resíduos deixados por povos pré-históricos ao longo da costa brasileira, são fontes valiosas de conhecimento sobre as culturas antigas que habitavam a região (de 26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
  • E a cobra fumou: o Brasil na Segunda Guerra Mundial – a mostra aborda a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e reúne fotografias, documentos, além de objetos históricos que contam a trajetória dos pracinhas no combate. É uma realização da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército,  e do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana (de 26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
  • No Centro – as obras do arquiteto e artista plástico Manoel Novello são interpretações da paisagem urbana do Centro do Rio de Janeiro. Com uma linguagem abstrata, apoiada nos elementos básicos do desenho de arquitetura, o artista constrói imagens que remetem a diversas paisagens, alusivas a detalhes construtivos (de 26 de junho a 10 de agosto – classificação livre).
  • Terrosa – a exposição da artista Mery Horta apresenta obras inéditas que partem de questões relacionadas à ecologia e ao corpo feminino negro. Utilizando materiais orgânicos, a mostra oferece ao público trabalhos inéditos entre esculturas e performance, e mergulha em cores, cheiros e texturas para criar um universo permeado por seres que surgem da terra (de 17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
  • O que te faz olhar para o céu? – a mostra coletiva apresenta trabalhos de 45 artistas brasileiros e curadoria de Rodrigo Franco. Apresenta uma jornada poética e crítica sobre a conexão humana com o céu, e convida o público a uma imersão reflexiva e sensorial, por meio de uma centena de obras de diversas partes do Brasil (de 17 de julho a 31 de agosto – classificação 14 anos).
  • Casa-Tempo: Assentamentos – o artista Thiago Modesto apresenta sua série mais recente de xilogravuras e trabalhos produzidos em tecido, com o objetivo de dividir suas vivências, crenças e memórias que partem de suas raízes familiares e atravessam sua trajetória. Os espectadores, conduzidos por essa figura que desterra lembranças guardadas no fundo dos cômodos da casa, são levados a perceber que o ambiente desta exposição individual do artista é uma convocação à intimidade (de 17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
  • Ocupação – a exposição de Jabim Nunes reúne instalações que remontam à pesquisa e prática do artista quanto ao recolhimento de fragmentos de madeiras descartadas nas ruas e entorno de uma antiga ocupação de mulheres que abandonaram suas casas. Muitas delas, vítimas de violência doméstica. O artista também revisitou as práticas com seu pai em canteiros de obras (17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
  • Caleidoscópio – na segunda edição da mostra, os visitantes podem mergulhar na poética das formas e estilos de parte do acervo de esculturas do CCCRJ. A curadoria é da museóloga Roseane Novaes, que fez a seleção baseada nas mais diversas linguagens (17 de julho a 31 de agosto – classificação livre).
  • Vida na Fé –pelas fotografias de Milana Trindade, a exposição resgata tradições, rituais e expressões artísticas que compõem a herança africana. O principal objetivo é fomentar o entendimento intercultural, celebrar a diversidade e destacar a influência fundamental dessas matrizes na formação da cultura brasileira. A mostra também é uma homenagem a Luiz Angelo da Silva, o Ogan Bangbala, que aos 105 anos de idade – sendo 98 anos dedicados à religiosidade – continua a cantar e tocar para os orixás. (27 de julho a 28 de setembro – classificação livre).

Mostra de Vídeos

  • Cine Arte Ciclos – oferece ao público uma visão da produção contemporânea de artistas que se dedicam à experimentação no campo do audiovisual. A mostra é dividida em três etapas: “Poéticas do tempo”; “Recomeços” e “Imagens para o presente”. Cada uma dela apresenta uma seleção específica de obras, contribuindo para a reflexão sobre as temporalidades e os modos de presença nas telas do mundo contemporâneo (de 13 de agosto a 28 de maio de 2024 – classificação 16 anos).

Espetáculos Teatrais

  • Maria no Fio da Navalha –a peça conta a trajetória da primeira entidade brasileira, Maria Navalha. Traz o conto de um século passado e mostra que mulher ainda é sinônimo de desigualdade perante o homem. Não é apenas um espetáculo, é uma experiência traçando a religião em cantos pontuais do ritual e com a história de uma grande Maria, como todas as outras que existem.  (de 2 a 10 de agosto – às sextas e sábados, às 19h – classificação 16 anos).
  • Menina Mojubá – uma criança brasileira cresce nas ruas e descobre carregar consigo uma força ancestral. Se torna uma pombagira após seu trágico falecimento, tornando-se uma figura poderosa no mundo espiritual, capaz de proteger e livrar todos que tenham caminhos semelhantes aos seus. A história entrega um verdadeiro presente ancestral, apresentando ao espectador os elementos de relevância da ritualística de terreiro: sons do tambor, o aroma das ervas e os pontos cantados. (de 15 a 24 de agosto – às quintas, sextas e sábados, às 19h – classificação 14 anos).

Feira Junta Local

No dia 24 de agosto, das 11h às 19h, ocorre a feira da Junta Local, na Praça dos Correios. O evento contará com mais de 30 pequenos produtores e empreendedores locais, com entrada gratuita.

Sobre os espaços – Inaugurado em 1993, com a Exposição Mundial de Filatelia – Brasiliana 93, o CCCRJ conta com três andares interligados por um elevador de onde se pode ter uma vista panorâmica de todo o ambiente interno. O imóvel histórico onde funciona o CCCRJ foi inaugurado em 1922, com linhas arquitetônicas em estilo eclético, e foi utilizado por mais de 50 anos para o funcionamento de unidades administrativas e operacionais dos Correios. Na década de 80, a edificação foi desativada para reformas, sendo reaberta com a inauguração do Centro Cultural. Já o Teatro Correios Léa Garcia, com 320 m² e capacidade para 199 pessoas, está localizado no térreo do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. O Teatro Correios reabriu em janeiro de 2024 com o novo nome, homenageando a atriz Léa Garcia (1933-2023), e com o foco em apresentar espetáculos teatrais, shows e eventos que abordam a ancestralidade negra, as tradições de povos originários e os projetos que proporcionam a pesquisa de culturas populares.

Centro Cultural Correios Rio de Janeiro e Teatro Correios Léa Garcia
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Visitação das exposições: terça a sábado, das 12h às 19h
Informações: (21) 3088-3001
Com acessibilidade.

Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana).

Instagram: @correioscultural / @teatrocorreiosleagarcia
Ingressos para Teatro Correios Léa Garcia:https://riocultura.eleventickets.com/#!/home