Para encerrar as comemorações dos 200 anos de Independência do Brasil, os Correios lançam, nesta terça-feira (15), a emissão postal comemorativa “Bicentenário da Independência – Prédios Históricos”. A última peça filatélica da série destaca dois prédios que foram inaugurados por ocasião das festividades do Centenário da Independência em 1922: o Palácio dos Correios – SP e o Museu Histórico Nacional – RJ.

O Palácio dos Correios de São Paulo foi inaugurado apenas alguns dias antes do fim do mandato presidencial de Epitácio Pessoa, em 15 de novembro. Sob o comando dos arquitetos Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini, o novo prédio eclético de pé direito alto, formas orgânicas e fachada monumental reuniria, em um só bloco, os serviços de correios e de telégrafos, embora ambos fossem executados por órgãos públicos diferentes naquela época. 

A concepção arquitetônica tanto dos ambientes internos quanto dos externos busca reforçar a herança europeia do Brasil, em detrimento das manifestações recebidas de outras culturas. Trata-se de um movimento que se alinhava aos esforços do Estado Brasileiro de se ombrear com as nações de maior relevância naquele quadrante da história. Recém-nascida, a república brasileira ainda se mantinha presa aos padrões das tradições imperiais, nas referências estéticas e na condução da política internacional. Após algumas reformas, o prédio abriga atualmente, desde 2013, o Centro Cultural Correios São Paulo, como também a agência Central, a maior do País.

O Museu Histórico Nacional foi criado, na cidade do Rio de Janeiro, para expor a história do país que então completava cem anos. Vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), é considerado um dos maiores e mais antigos museus de história do Brasil. O prédio ocupa um conjunto arquitetônico que foi usado para atividades militares e é reconhecido como uma referência para o campo da museologia e do patrimônio no Brasil. Foi ali que, em 1932, foi criado o primeiro Curso de Museus da América Latina.  


Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2009, o MHN conta com uma área de 9000 m² aberta ao público, ocupada com salas de exposições, biblioteca, arquivos, reservas técnicas e laboratório de conservação e restauração. No local, o Museu conserva mais de 300 mil objetos sob a sua guarda. São coleções de tipologias diversas, como pintura, mobiliário, indumentária, armaria e documentos textuais. Preserva ainda a maior coleção de numismática da América Latina e uma das mais importantes do mundo, somando 150.286 peças, distribuídas entre moedas, medalhas, condecorações, selos, entre outros. 

Sobre os blocos –  Décimo oitavo lançamento de 2022, esta emissão postal possui dois blocos. O primeiro apresenta a imagem do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro – que possui o formato do numeral 100 da marca do seu centenário. No recorte da esquerda temos a imagem da fachada principal do MHN, destacando o Portão de Minerva e no da direita a imagem do Altar de Oxalá de Emanoel Araújo. Já o segundo traz a ilustração da fachada do prédio Palácio dos Correios com sua arquitetura eclética. Foi feito um desenho tradicional a nanquim baseado em fotografia, pintado em aquarela e arte finalizado digitalmente. 

Com tiragem de 12 mil blocos e valor de R$ 6,50 cada, a emissão já está disponível para venda na loja virtual e, em breve, nas principais agências do País.