Impacto da redução de investimentos em governos anteriores será revertido com ações robustas de recuperação
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, reuniu-se nesta sexta-feira (31) , com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para apresentar a atual situação da empresa e seus desafios, bem como informar as ações que estão sendo tomadas para a sua reestruturação.
No contexto do processo de desestatização dos Correios no passado recente, a empresa sofreu drástica redução de investimentos. Se, por um lado, isso proporcionou uma geração de caixa não recorrente, trouxe também resultados que não se sustentaram e comprometeu o nível de eficiência e competitividade da empresa nos anos seguintes.
Além disso, apostando excessivamente no mercado de remessas internacionais, deixou de diversificar seus negócios e aumentou sua vulnerabilidade frente às mudanças na dinâmica do setor.
Com o objetivo de reverter tal situação, a atual gestão investiu, em 2023 e 2024, cerca de R$ 2 bilhões do caixa próprio da empresa em ações de infraestrutura, segurança, renovação da frota e tecnologia.
Ao mesmo tempo, a empresa está executando um plano de recuperação robusto com foco em inovação, sustentabilidade financeira, modernização operacional, inclusão social e entrada em novos mercados: banco digital, marketplace, seguros, conectividade, logística para saúde, entre outros.
Com tais ações, os Correios poderão enfrentar os desafios do mercado e reafirmar seu papel como uma empresa essencial ao Brasil, buscando, inclusive, a reversão dos resultados contábeis em 2025.
Queda na receita – Embora as informações contábeis divulgadas até o momento sejam parciais – e o resultado contábil líquido de 2024 somente poderá ser apurado após o fechamento das Demonstrações Contábeis, nos próximos meses – é possível destacar que entre os fatores conjunturais e estruturais que afetam o desempenho da empresa:
• O segmento de mensagens (que inclui as cartas tradicionais) teve queda de movimentação, acompanhando uma tendência mundial. Tal queda – somada ao fato de não ter havido qualquer reajuste tarifário nos últimos oito anos – também gerou queda na receita;
• Eventos não recorrentes, tais como contingências e precatórios oriundos de anos anteriores, geraram impactos estimados em cerca de R$ 1,3 bilhão;
• Empresas privadas do segmento de logística não atuam em regiões remotas e localidades de menor porte porque tais operações não geram lucro. Tal ação – a universalização dos serviços postais – gera aos Correios um custo anual de R$ 5,5 bilhões;
• O impacto nas contas dos Correios, relativo às importações, decorreu da dinâmica do mercado, que passou à legalidade em 2023.
Os Correios são fundamentais para a população brasileira. A empresa faz entregas, movimenta a economia e leva a cidadania a todos os municípios brasileiros.