Rio de Janeiro – Com curadoria de Francisco Camêlo, a artista visual Mariana Katona apresenta a exposição ‘Até onde marca’ no Centro Cultural Correios RJ até 6 de julho. Com técnicas variadas, os 21 trabalhos buscam transmitir ao público uma pesquisa sobre o corpo, como instrumento de expressão artística. A exposição pode ser conferida de terça a sábado, das 12h às 19h, com entrada gratuita.
Artista de uma linhagem que utiliza o corpo como instrumento, Mariana Katona revela sensações de estranhamento e desenraizamento, refletindo memórias pessoais e familiares em seus trabalhos. Explorando o corpo e acumulando marcas, fricções e inscrições na pele, suas séries sugerem uma composição de paisagens que lembram teares à espera de serem desenrolados e tecidos.
Além disso, a exposição dialoga com a tradição feminina da costura em contraposição ao peso do martelo, reconstruindo memórias e sugerindo relações entre o silêncio do bordado e o ruído do rasgo. Ao trabalhar com fios, linhas, pregos e peles, seu corpo machucado pulsa e indica que marcar pode ser uma outra forma de escrever.
Sobre Mariana Katona
Mariana Katona é artista visual e formou-se em cinema em 2007. Em 2009-11, cursou o mestrado em Artes pela UERJ. Na sua pesquisa artística problematiza a questão do corpo por meio de inúmeras técnicas. Fez sua primeira exposição individual em 2018 intitulada Janelas na Galeria Ibeu – RJ. Participou de diversas exposições coletivas, dentre elas: Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos (2021-22) – SP, Salão de Artes Visuais Novíssimos (2016) – RJ, City as a process (2012) Ekaterinburg – Russia, Zona oculta (2010) – RJ e Olheiro da arte (2010) – RJ. Atualmente, vive e trabalha em São Paulo.
Sobre Francisco Camêlo
Francisco Camêlo atualmente é pesquisador de Pós-Doutorado (FAPERJ PDR-10) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2021). Realizou Estágio Doutoral na École des Arts/Institut ACTE (Arts Créations Théories Esthétique) da Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, com bolsa CAPES/PrInt, de setembro de 2019 a dezembro de 2020.
Sobre o CCCRJ – O imóvel onde funciona o Centro Cultural Correios Rio de Janeiro foi inaugurado em 1922. As linhas arquitetônicas da fachada, em estilo eclético, caracterizam o prédio do início do século. O imóvel foi utilizado, por mais de 50 anos, para funcionamento de unidades administrativas e operacionais dos Correios. Na década de 80, o imóvel foi desativado para reformas. A inauguração oficial do Centro Cultural Correios RJ ocorreu em agosto de 1993, com a Exposição Mundial de Filatelia – Brasiliana 93.
O CCCRJ conta com três andares interligados por um elevador, também do início do século, de onde se pode ter uma visão panorâmica de todo o ambiente interno. Suas instalações ocupam integralmente os 3.480m² da área do prédio. O Teatro Correios Léa Garcia, com 320 m² e capacidade para 199 pessoas, está localizado no térreo do Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. O Teatro Correios reabriu em janeiro de 2024 com o novo nome, homenageando a atriz Léa Garcia (1933-2023), e com o foco em apresentar espetáculos teatrais, shows e eventos que abordam a ancestralidade negra, as tradições de povos originários e os projetos que proporcionam a pesquisa de culturas populares.
Serviço
Exposição: “Até onde marca”
Artista: Mariana Katona
Curadoria: Francisco Camêlo
Visitação: de 22 de maio até 6 de julho de 2024
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Local: Centro Cultural Correios RJ
Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – RJ
Dias e horários: terça a sábado, das 12h às 19h
Entrada: gratuita
Censura Livre
Com acessibilidade
Como chegar: metrô (descer na estação Uruguaiana, saída em direção à Rua da Alfândega); ônibus (saltar em pontos próximos da Rua Primeiro de Março, da Praça XV ou Candelária); barcas (Terminal Praça XV); VLT (saltar na Av. Rio Branco/Uruguaiana ou Praça XV); trem (saltar na estação Central e pegar VLT até a AV. Rio Branco/Uruguaiana)
Crédito das fotos: divulgação Correios
Instagram: @correioscultural, @teatrocorreiosleagarcia