O lançamento registra o reconhecimento do Ministério da Educação às secretarias comprometidas com práticas de equidade racial

Brasília, 6/11/2025 – Os Correios lançaram, nessa quinta-feira (6), o selo personalizado e o carimbo comemorativo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva. A emissão filatélica faz parte da premiação do Ministério da Educação para as relações étnico-raciais, que reconheceu as 20 redes de ensino com destaque nacional em práticas de equidade racial, marcando a valorização dos profissionais da educação e no desenvolvimento de programas voltados à inclusão, inovação e melhoria do sistema educacional brasileiro. 

A cerimônia foi conduzida pelo diretor de Negócios dos Correios, Hilton Rogério Maia Cardoso, e contou com a presença dos ministros da Educação, Camilo Santana; da Igualdade Racial, Anielle Francisco da Silva; dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo; além da professora doutora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que dá nome ao selo.

Fotos: Andressa Resende/Correios.

Representando o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, Cardoso destacou que assim como Petronilha, que fez da docência um ato de inclusão, os Correios também têm a missão de chegar onde muitos não chegam, levando cidadania a todos os cantos do Brasil. “Em todo o mundo, os selos postais são símbolos dessa conexão. Pequenos em tamanho, mas imensos em significado, eles registram o que uma nação escolhe lembrar: suas lutas, conquistas e valores. Ao lançar este selo, os Correios reafirmam que a luta contra o racismo e a valorização da educação são capítulos centrais da história que desejamos contar e levar adiante”, afirmou o diretor.

Selo Petronilha Beatriz – Em 2024, o governo federal lançou o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva de Educação para as Relações Étnico-Raciais, que visa destacar e valorizar as secretarias de Educação que se destacam por políticas, programas ou ações voltadas à formação de profissionais da educação para a implementação da Lei nº 10.639/03, que torna obrigatória a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo das escolas de educação básica, tanto públicas quanto privadas.

Petronilha foi a primeira mulher negra a integrar o Conselho Nacional de Educação (CNE). Relatora do Parecer CNE/CP nº 03/2004 e responsável pela regulamentação da Lei nº 10.639/03 — que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para inclusão e obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira no currículo da Rede de Ensino —, é referência nacional na luta por uma educação antirracista. Atua ativamente na produção de conhecimentos e na construção de políticas públicas, com vasta participação em eventos científicos em todo o Brasil, na América Latina, África e Europa.