Em relação à matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre os Correios, a empresa esclarece que:

– A reportagem não aponta irregularidades ou sequer indício de irregularidades que possam ter sido cometidas por Julio Vicente Lopes e Mauricio Marcellini no exercício de seus cargos nos Correios. Ambos têm longo histórico de contribuição ao serviço público, vasto conhecimento das áreas onde atuam e capacidade comprovada para exercer os cargos que ocupam.

– O único objetivo da publicação é causar desgaste à atual gestão para atender a interesses calcados nas disputas internas do Postalis. Interesses estes que o texto omite. 

– Não existe conflito de interesses nas nomeações de Julio Vicente Lopes e Mauricio Marcellini. Ao se basear no fato de que eles são clientes do escritório em que o presidente dos Correios atuou no passado, a publicação tenta criminalizar o exercício da advocacia.

– Além disso, a publicação tem erros factuais básicos. Julio Vicente Lopes não ocupou nesta gestão o cargo de assessor especial da presidência dos Correios em nenhum momento. Essa informação pode ser constatada no histórico profissional do empregado, que está disponível no site dos Correios (https://leme.correios.com.br/app/index.php) para verificação por parte de qualquer cidadão, inclusive jornalistas que têm o dever de apurar a veracidade das informações que recebem.

– Os critérios usados para nomeações nos Correios são os previstos na legislação e nos normativos internos da empresa, mediante comprovação documental. Atividades e relacionamentos pessoais não são considerados para nomeações.

– As funções que atualmente são exercidas por Julio Vicente Lopes e Mauricio Marcellini são definidas em plano de trabalho compatível com os cargos em que atuam. Eles não participam de decisões do Postalis e não tiveram participação na elaboração do equacionamento do Plano de Benefício Definido (PBD) do Postalis.

– Ambos são empregados públicos e não houve qualquer decisão que os afaste de suas funções. Maurício é funcionário da Caixa e está atualmente cedido para os Correios. Julio Vicente é empregado dos Correios há 49 anos.

– O jornalista se gaba de ter “revelado” em agosto de 2024, informações que foram amplamente divulgadas pelo Postalis um ano antes: https://www.postalis.org.br/plano-de-equacionamento-de-deficit-do-postalis-esta-em-fase-final-para-implantacao/ e https://www.postalis.org.br/postalis-recebe-aprovacao-da-previc-para-o-novo-regulamento-do-pbd/. Todas essas informações foram publicadas no site do Postalis, divulgadas internamente aos empregados dos Correios e também para a imprensa, por meio de envio de press releases.

– O equacionamento do Plano de Benefício Definido (PBD) estava em trâmite desde 2020 e deveria ter sido realizado pelo governo anterior, conforme definido pelas normas do setor de previdência complementar, de conhecimento público, e que poderiam ter sido consultadas pelo jornalista. Na atual gestão do Postalis, o processo passou por todas as análises e aprovações previstas na lei e garantiu o futuro de mais de 78 mil participantes do plano. Sem a medida, eles só teriam recursos disponíveis até agosto de 2025.

– O valor do equacionamento é da ordem de R$ 15 bilhões e o pagamento da parte que cabe aos Correios (R$ 7,6 bilhões) é realizado em parcelas mensais de cerca de R$ 30 milhões e será realizado em prazo superior a 30 anos.

– O processo a respeito da implantação de uma unidade operacional dos Correios em Cajamar, citado pelo jornal, já foi objeto de ação da Justiça Federal, julgada improcedente, com todos os citados isentados de responsabilidade.

– Fabiano Silva dos Santos não é mais sócio do escritório Mollo & Silva Advogados. O contrato de alteração societária quando Fabiano Silva dos Santos deixou a sociedade, data de novembro de 2022 – portanto antes de assumir a presidência dos Correios – e o escritório passou a usar outra denominação. Não há conflito de interesse, já que o presidente dos Correios não exerce hoje a advocacia e, quando o fez no passado, sempre atuou na defesa do Postalis, o que continua fazendo como presidente dos Correios, em benefício dos cerca de 160 mil participantes e assistidos do instituto.

Todas as informações foram enviadas ao jornalista, que não as divulgou na matéria de forma que os leitores pudessem ter acesso à versão dos Correios.